SILENCIOSAMENTE EMOLDURADOS...

Posted: terça-feira, 29 de maio de 2012 by Ricardo Pereira in
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Somos improváveis criaturas que receberam um novo nome - “Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos Filhos de Deus, a saber, aos que creram no Seu nome” Jo 1:12 – Filhos de Deus. Aos filhos de Deus, autoridade e poder, foram inseridos na gênese de seus atos, pura e simplesmente para revelar a ELE, um Deus que no terceiro dia dividiu toda a história. Mas isso estamos cansados de saber, não é verdade?!

Olhando para vida de muitos discípulos bíblicos de Jesus, vemos a transmissão de reconhecimento de tudo para Deus. E aqui entra o paradoxo dessa discussão. “Importa que Ele cresça e eu diminua” (Jo 3:30). Uma bela fala, até repetimos ela. Importar que Ele cresça - é um ato de fé, que o nome dele apareça e o nosso não - é um ato de humildade. Silenciosamente fazendo as vontades Dele que ecoam no nosso coração. Estarrecido, tento entender a profundidade do discurso de Jesus, ao se referir a alguns escribas e fariseus:   
Fazeis e guardai, pois, tudo quanto eles vos disserem, porém não os imiteis nas suas obras; porque dizem e não fazem... Praticam, porém, todas as suas obras com o fim de serem vistos dos homens; pois alargam os seus filactérios e alongam as suas franjas. Amam o primeiro lugar nos banquetes e as primeiras cadeiras nas sinagoga... Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado.Jo 23:3; 5-6

Humanamente nossa alma busca por medalhas, troféus, certificados, reconhecimento público, nosso nome falado de boca em boca. Como se a pessoa que está a frente de um culto, célula, ou reunião, fosse mais especial para Deus, do que aquele que minutos antes arrumou as cadeiras, que varreu o chão, arrumou o som. Por isso cada um tem uma função neste organismo vivo chamado Igreja.

Ao pensar nestas coisas, me vem a cabeça a criança que Jesus coloca no centro, enquanto os seus 12 apóstolos discutiam pra ver quem era o maior no Reino de Deus, e Ele aponta para o pequenino:
Levantou-se entre eles uma discussão sobre qual deles seria o maior. Mas Jesus, sabendo o que lhes passava no coração, tomou uma criança, colocou-a junto de si e lhes disse: Quem recebe esta criança em meu nome a mim me recebe; e quem receber a mim recebe aquele que me enviou; porque aquele que entre vós for o menor de todos, esse é que é o grande. Lc 9:46-48

As vezes damos pouco crédito as “crianças espirituais”, como se anos de igreja fossem base para Deus. Ser como este pequenino, que Mateus também (Mt 18:4) denominou de “maior no Reino dos Céus” é buscar a inocência, sabendo que Deus é Deus, que é Ele quem dá a idéia, segura a caneta e escreve a história. Silenciosamente usa: “novos”, “velhos”, “doutores”, “néscios”, “improváveis”, “gagos”, “destemperados”, “incultos”, “cultos”, “vasos que ainda arrastam os pés sobre a lama”, “informes”... que têm um coração como de uma criança - que sabem que precisam do Pai.

Gerenciamos, muitas vezes, com alarde nossas ações, como se Deus não estivesse atento quando fazemos algo que ninguém viu, mas que honrou, tão somente a Ele. Silenciosamente obras primas do evangelho Vivo, emoldurados para um só telespectador – Deus.

 O apóstolo Paulo ao se referir a ele falava: Por que suponho em nada ter sido inferior a esses tais apóstolos”(2Co11:5) “dos apóstolos sou o menor, que mesmo não sou digno de ser chamado apóstolo” (1Co 15:9) e no final da sua vida, se via como “o menor de todos os santos” (Ef 3:8). O ministério de Paulo cresceu e sua alma diminuiu! “Tanto sei estar humilhado como também honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experimentado, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece.” (Fp 4:12-13). Saber receber honra, como humilhação, sem que isso seja um troféu, motivo de exaltação, foi algo que aprendemos com Paulo.

O seu “espinho na carne” era propulsor dessa revelação, para ele saber que havia um Deus que era suficiente - “Para que não me ensoberbecesse com a grandeza das revelações, foi me posto um espinho na carne, mensageiro de satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte. Por causa disto, três vezes pedi ao Senhor que o afastasse de mim. Então, ele me disse: A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza...” (2Co 12:7)  Lendo isso, vejo que as vezes por tão pouca coisa nos ensoberbecemos, achamos que o nosso serviço, o nosso trabalho, a nossa revelação, o nosso muito fazer impressionam a Deus. Seguimos tendo lutas – espinhos na carne – que como Paulo, oramos e Deus as mantém, para que saibamos quem é que está no controle de tudo, quem que está escrevendo a história. Até que o silêncio toma conta do alarde em nossa alma!

 Com isso, entendemos uma coisa: Para um Cristão, não existe currículo. “Já ministrei célula, congresso, encontro, reencontro”, “já levei 20 pessoas pra Jesus”, “tenho os dons x, y e to recebendo o z”, “por minha causa fulano foi salvo” - falas das quais emolduram todo e qualquer ego. O cristianismo mais fácil que tem é o verbal – “Porque o Reino de Deus não consiste em palavras, mas em Poder”(1Co 4:20).

Concluo, dizendo que não somos uma igrejinha onde a placa simplesmente adorna uma bela fachada barulhenta. Somos plenos em potencial, do mais velho ao mais novo, Deus pode usar como quiser. Talvez a “mula de Balaão” se cobre por ter sido usada somente uma vez, fato é que ela participou da história, foi emoldurada com poucas palavras. Muitas vezes queremos ser grandes, que o nosso nome seja arrolado como referência. E isso é benção, desde que isso, não suba pra nossa cabeça!

Os aplausos de um SILÊNCIO, me aproximam mais, daquele que, de pé, sempre aplaudirei! Não quantifique o quanto você é ou não usado por Deus, isso pode gerar exaltação ou frustração, apenas se disponha a ser usado. O alarde é hipócrita quando o ator principal tem nome e sobrenome – Jesus Cristo.  

O PESO DO VEREDITO

Posted: quinta-feira, 1 de dezembro de 2011 by Ricardo Pereira in
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Magistrados por nossa natureza humana, sustentamos o peso das nossas sentenças. Muitas vezes, parafraseamos o rito de um tribunal, criamos nossas próprias leis, colocando no banco dos réus as mais diversas pessoas. Sem dramatização: Julgamos! “Togados” por nossos conceitos e visões: pesamos e medimos aqueles que agem fora do nosso estereótipo. O julgamento nas relações interpessoais, condena, divide, aprisiona, anulando o direito de resposta, verbaliza rivalidades, entrincheira irmãos.

Julgamos o mundo ali fora, apontamos o dedo ao herege, ao ‘babilônico’, ao ‘desviado’, ao ‘mais espiritual', ao ‘menos espiritual’, selecionamos os bons, excluímos os maus. “Esse serve, aquele não serve”, “Deus está aqui e não lá”, “Fulano é endemoniado, cicrano é santo”, “Esse será líder, aquele não será”, “Sou amigo do grupo do Joãozinho, mas não do da Mariazinha!”, “Igreja tal é benção, igreja tal não é”, “O reino de Deus está ali, mas não aqui”, “Tu viu o que fulano disse, ou o que beltrano fez?”, “Aquela família é de Deus, aquela outra não”, “Pastor fulano, prega melhor que beltrano”, “Só ajudo a fulano, beltrano que se rale”... E tantas outras falas e apontares de dedos, que nos afastam da verdade relata abaixo:

“Portanto Deus enviou o Seu Filho ao mundo, NÃO para que JULGASSE o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele.” (Jo 3:17)
“Interrogado pelos fariseus sobre quando viria o reino de Deus, Jesus lhes respondeu: Não vem o reino de Deus com visível aparência. Nem dirão: Ei-lo aqui! Ou: Lá está! Porque o reino de Deus está DENTRO DE VÓS.” (Lc 17:20-21)

Analisando as escrituras e a forma como pensamos muitas vezes, vejo uma seletividade que aponta modelos, que julga e analisa, como se realmente tivessemos o “poder” de dizer “aqui, mas não ali”, “ele, mas ela não”. O ‘martelo’ do julgamento caminhou também com a história, fariseus, deram origem aos religiosos, as sentenças dadas a pessoas, instituições e atitudes mantiveram-se. Os fiscalizadores da “lei” – sedentos por falhas - procuram erros nos outros, mas encontrarão a si mesmos sentados no banco dos réus.

As sementes do “acusador” as vezes estão nas nossas próprias “mãos limpas” mas com o coração impuro. Não julgue pessoas, pois todos nós estamos na cadeira dos réus e o advogado de defesa (Jesus) não defende qualquer um, mas quem ELE QUER. Aquele que nomeia Reis, e destitui Reis, por seu simples QUERER.

Quantas vezes alimentamos intrigas ou conspirações, condenando por boatos, por frases mal entendidas no twitter, facebook ou no pé do ouvido -  versando guerras, ao invés de pacificá-las, ao ponto de guilhotinarmos pessoas. Com a mesma trilha sonora: “Crucifica ELE (A)!”, a história segue com o botão “replay” ligado. Colocamos Jesus novamente no madeiro ao “crucificar” nossos irmãos. O Apostolo Paulo, nos leva a pensar:

Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, pensava como menino; quando cheguei a ser homem, desisti das coisas próprias de menino. (1Co 13:11)

Como Paulo, algum dia, podemos ter chegado a ser “homens”, mas será que nos mantivemos “maduros”, ou voltamos por vezes as coisas de meninos, apontando o dedo como crianças? Creio que dos “hormônios” mais difíceis que o ser humano pode produzir (além do natural - crescimento), são aqueles que Samuel produzia – “Mas o jovem Samuel crescia em estatura e no favor do Senhor e dos homens.” (1Sm 2:26).

Porque rotulamos de ‘desviados’, os que auto promoveram-se “órfãos”, ao invés de orarmos por eles? Apontamos o erro alheio, e a trave segue ali, tapando nossa visão. Talvez por isso Zé Bruno (Banda Resgate) cantou: “Dente careado, mas hálito de hortelã... Quem é você?”.

Quem sabe também criticamos grupinhos e “tribos”; formamos e “desformamos casaizinhos”, brincamos de “amizade pra sempre”, dizemos ‘esse serve, esse não serve’. Na CARA do OLEIRO, mexemos no Seu barro, sem sermos convidados, como crianças, atrapalhamos o Seu trabalho!

Reunir-se é um começo, permanecer juntos é um progresso, e trabalhar juntos é sucesso. Henry Ford

Estamos no mesmo time, lutando pela mesma causa, o sucesso depende da permanecia e esforço. Amigo é aquele que encobre a falha, que exalta as qualidades e ajuda no erro. Amigo é aquele que dá a perda, que assume o lugar de descrédito. O veredito proclamado fora da boca do Juiz é hipócrita! No mais, sejamos magistrados no bom senso e “o amor seja sem hipocrisia” (Rm 12:9).

GAME OVER...

Posted: sexta-feira, 23 de setembro de 2011 by Ricardo Pereira in
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É com o choro da tinta desta caneta que tento descrever o adolescente que sentava a minha frente, mergulhado em um game, que só faltava sair da tela de seu ‘smartphone touchscreen’, distraído ou melhor atraído por algo muito mais interessante em sua concepção que as palavras de sabedoria que meu pastor orquestrava em um domingo na viração do dia.

Ao som da voz do pastor, eu assistia a um ‘curta metragem’ real, narrado a minha frente: “O que chama a atenção de um adolescente ou de um jovem no que diz respeito a palavra de Deus? Com certeza essa também foi a pergunta na cabeça de sua mãe, que como eu, gritava por dentro: “Mas tche, larga esse celular! Coincidentemente ou nem tanto, meu pastor discorria a cerca da “mensagem tarja preta” (tema do texto anterior), em uma ministração que dividiu histórias de pessoas mais atentas naquele mesmo culto.

Em um exercício de entropia, forçando minha mente, tentava me colocar no lugar daquele jovem que degustava uma coca-cola com um salgadinho ‘cheetos’ e seu vídeo game, digo, celular; ouviu o seguinte do pastor: “E se você morresse amanha? E se na tela da sua vida aparecesse as letras: game over, fim da linha? O jovem naquele segundo de atenção, olha para a sua mãe e diz: “E daí! Se eu morresse e fosse pro inferno, que me importa! Em um total suicídio moral, mental e desconhecimento da ‘mensagem tarja preta’. Desatento, estava atentamente sendo instruído na Verdade.

Quando de fato consegui me colocar no lugar daquele menino, vi-me também néscio! Pensei comigo: “Quantas foram as vezes em que sentei na cadeira da igreja e ativei a 'proteção de tela' dos meus olhos, e da mesma forma desatento, pensando quem sabe na ‘morte da bezerra’ ou no meu time que tentava virar o jogo aos 30 minutos do segundo tempo, viciado nos meus 'games' e distrações, bem ali, desatento diante da Palavra Revelada!! Ou quem sabe, quantas foram também as vezes em que fui colocado por Deus em um lugar, perante pessoas, em situações de ‘Salvar uma Vida’, seja com uma palavra, ou com uma atitude; ‘DORMI’, sedento pelo que era meu, pelo meu mundinho real ou virtual, já enjoado de coca, cheetos e celular".

Pude então perceber, como Deus nos trata em sua infinita paciência, misericórdia, persistência e multiforme graça. Audível e claro, frente aqueles que muitas vezes dormem em palavras energéticas e eletrizantes, ou que desatentos em seus mundinhos, tentam de todas as formas remendar o véu já rasgado há muito tempo atrás. No final daquele culto, o jovem já mais acostumado com o meio, larga o celular e começa timidamente a prestar a atenção na ministração, talvez dando um start as palavras ditas ali, conseqüência do que dizia no seu celular: Game Over!
Se ATENTAMENTE ouvires a voz do Senhor, teu Deus, tendo cuidado de guardar todos os seus mandamentos que hoje te ordeno, o Senhor, teu Deus, te exaltará sobre todas as nações da Terra. (Dt 28:1)

MENSAGEM TARJA PRETA...

Posted: sábado, 30 de julho de 2011 by Ricardo Pereira in
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A mensagem da cruz redesenhou o homem! Do pecado original, da teatral maçã!? Digo, do ‘fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal’, a mordida mais dolorosa, mais voraz de todas! Ato que fez verter o sangue humano, insanamente a morte espiritual é inserida no DNA humano, como herança de nossos ta,ta...tataravós Adão e Eva.

Tragados do paraíso e inseridos em uma Terra que passou a ser regada pelo seu próprio suor, uma terra que se afastou de Deus, que decidiu comer de todos os frutos (“venenosos ou não”), desfrutou de doenças e males diversos, se autodestruiu num suicídio moral, físico e espiritual. O homem caminhou contra a sua essência, criou o próprio fluxo de vida, encabulado no seu egocentrismo, teve vergonha de si mesmo, orgulhoso remou sozinho, construiu o próprio Éden, ‘mudou geneticamente’ os frutos, matou, roubou, traiu, escarneceu... Não sei você, mas parece que já vi essa Terra antes ali fora!

O homem não só mordeu aquele fruto, afastando-se de Deus, mas também afastou da árvore mais importante que tinha naquele jardim: A Árvore da Vida, a qual alimenta pra eternidade! Se viu desnutrido dessa ‘vitamina’ em uma dieta mortal, criou suas próprias árvores da vida, passou a não crer mais em eternidade, fantasiou suas crenças, trouxe alegorias espirituais ao seu mundo! Mas muitas foram as tentativas em que Deus preparou o retorno do homem a Sua presença, para afastar-se dos pecados originários daquela ‘matriz’, dos frutos ‘geneticamente modificados’.

Ao encher-se do conhecimento do bem e do mal, o homem afastou-se de Deus, tirou Deus da sociedade, do seu dia-a-dia, não mais O viu na ‘viração do dia’. Criou deuses que não eram nenhum pouco imagem e semelhança ao Original, com um peso na consciência surgiram Religiões que ‘marteladamente’ repetem rituais VAZIOS, sem a presença do Espírito Santo de um Deus Vivo que segue batendo na nossa porta...

A obra mais perfeita já vista, a obra da Cruz, o resgate do homem, por um último sacrifício (pois até então o homem sacrificava animais a Deus em sinal de arrependimento, ato que tornou-se rotineiro, não mais com o arrependimento em seu coração). Então Deus deu o Seu Filho, o Seu maior tesouro a mim e a você! Jesus é a ‘chave’ para o retorno a presença de Deus, é o ‘mapa’ para A Árvore da Vida – eternidade – “Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.” (Jo 14:6).

Jesus é o “remédio” que foi receitado por Deus à milhares de anos atrás! A serpente que seduziu Eva e Adão continua seduzindo o mundo a afastar-se de Jesus... A Mensagem da Cruz é essa: “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o Seu único Filho, para que todo o que crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna” (Jo 3:16). Essa mensagem foi escondida, o mundo ali fora colocou uma tarja preta nela, dizendo “perigo, perigo, é remédio pra louco!” ou quem sabe denominaram de “viagem na maionese”. Pois poucos sabem do conteúdo, alguns mal conhecem de ouvirem falar, mas poucos de VIVÊ-LA.

Essa mensagem seja dramatizada, desenhada, falada, gaguejada, gritada, escrita (como aqui), ou seja qual for a criatividade, tem um único fim: o destinatário. A tarja preta segue falando que esse ‘medicamento’ é para o drogado, para a prostituta, para o catador, para o que passa frio, e com certeza é de fato, mas também é para o milionário, para o saudável, para aquele que se diz normal (“me encaixava aqui”), é para todo que se diz Humano! A eternidade que alguns têm como ‘utópica’, ou ‘fantasiosa’, é simples, é acessível e tem 5 letras: Jesus!

Um dia tomei esse “remédio tarja preta” (“como eu chamava”) e li o seguinte na sua “bula”: “Se, com tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás SALVO(Rm 10:9). Simples assim! Mas lembre-se da boca e do coração...

“A Pedra que os construtores rejeitaram, Essa veio a ser a principal pedra, angular” (Mc 12:10).

PASSANDO A LIMPO...

Posted: sexta-feira, 27 de maio de 2011 by Ricardo Pereira in
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 Nem mesmo o mais radical dos visionários teria ousado supor o que Deus pode mudar em uma pessoa, em uma Vida. Lembro-me do ateísmo dramatizado no meu cotidiano há alguns anos atrás. A Bíblia colocada na cabeceira dos meus dias, não como um mero livro, mas como fonte da Verdade, como um manual vivo, lido e relido no fascínio de quem ajusta as velas em busca de novos rumos, coisas que se tornaram normais para alguém que entrincheirava o evangelho. A divisão da minha história, antes e depois desse fato, passou a limpo meus achismos, mudou minha visão.

Uma das descrições mais incríveis do que a Bíblia relata como “loucura para os homens, mas poder de Deus para os que crêem” é expressa por A W Tozer:

Um cristão verdadeiro é uma pessoa estranha em todos os sentidos. Ele sente um amor supremo por alguém que ele nunca viu; conversa familiarmente todos os dias com alguém que não pode ver; espera ir para o céu pelos méritos de outro; esvazia-se para que possa estar cheio; admite estar errado para que possa ser declarado certo; desce para que possa ir para o alto; é mais forte quando ele é mais fraco; é mais rico quando é mais pobre; mais feliz quando se sente o pior. Ele morre para que possa viver; renuncia para que possa ter; doa para que possa manter; vê o invisível, ouve o inaudível e conhece o que excede todo o entendimento

As decisões acima soam realmente como loucura para muitos. O evangelho escrito, pensado, analisado, deve também ser VIVIDO. Falo das entrelinhas nítidas entre ‘o saber’ e ‘o executar’. Muitos conhecem a Cristo, sabem da história, poucos passam a limpo sua história pelas mãos Dele! Viver pela fé, desfrutar de uma sinestesia jamais vista ou imaginada, ir contrário a regra, ser o fora de moda, o “religioso”, se é que isso existe. Coisas que não mudam do dia pra noite.

Muitas vezes fui questionado do porque da minha mudança, tenho certeza que Paulo de Tarso, o Apóstolo Paulo, quando de perseguidor de Cristãos, tornou-se um Deles, também foi questionado, taxado de louco, abandonado por seus “parceiros”. Ser tirado da órbita de um sistema que caminha auto-suficiente, que marca passo em uma retórica incrédula, que faz da fé um mero positivismo humano, que coloca Deus no subúrbio do coração humano; é como uma ficha que cai, um estalo na mente. Com certeza não é obra da lábia humana, mas de um Deus que segue batendo na porta, de forma discreta, quase inaudível. Ouvi-lo é uma decisão, traz uma revolução. Loucura? Sim! Real! Palpável!

O até então aqui falado neste texto e nesse blog vai realmente contra a razão. Entendido talvez como uma viagem que rivaliza com o empírico (científico), dando uma ‘chave de braço’ em Charles Darwin, uma ‘prensa’ em Richard Dawkins (ateísta de influencia mundial), um ‘susto’ no Islã, um ‘desconforto’ em Alan Kardec e suas teorias... ou tantos outros “golpes” que tiram as máscaras e trazem a única Verdade - Jesus Cristo. Sou um de tantos imperfeitos e informes que em formação de caráter, seguem como Paulo para o Alvo:
Quanto a mim, não julgo havê-lo alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus Fp 3:13-14

Analisando no retrovisor da minha vida, a ‘mensagem transformadora’ lutou as escuras, foi sendo lida aos poucos, foi descortinando um ‘Cara’ que até então só ouvia falar no Natal, ou “via-O” ensangüentado ‘decorando’ a igreja na cruz. Mas quando entendi que esse Cruz estava vazia, que no 3º dia esse ‘Cara’ mudou a minha e a Tua história - tremi como Paulo, como João, chorei como Davi, como alguém humano frente ao Deus Verdadeiro. Comecei a ‘parafrasear’ as palavras acima lida de A W Tozer nos meus dias.

A carga de incredulidade, o deboche ao verdadeiro Cristianismo, a aversão a Deus, tudo ficou na lata de lixo, envelhecida com o tempo. A mensagem segue sendo lida, mudando histórias, Ele segue batendo nas portas, muitos seguem sem entendê-la. As páginas escritas em nossas vidas talvez precisem ser passadas a limpo. A história de Deus confundido com a nossa história pessoal, é algo que ‘mancamente’ tenho aprendido, dando os primeiros passos. VALER A PENA! (é o verbo que tenho conjugado nos 3 tempos: passado, presente e futuro)!

Grande Abraço, Deus te abençoe!

POR QUE ESCREVER...?

Posted: terça-feira, 15 de fevereiro de 2011 by Ricardo Pereira in
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Falar do que o coração está cheio, olhando para dentro de si, expressando em palavras os sentimentos... Pode ser que escrever seja isso... Gostaria em poucas palavras de contar algo que hoje torno público: de onde tirei a idéia de escrever coisas que me vem à cabeça, como torpe, tentando encontrar o fonema adequado, a conjunção mais plena, o verbo que melhor explique a ação, tentando fazer com que outros conheçam esse IMPULSO que um dia me foi colocado no coração.

Pra muitos expressar em palavras e colocar as idéias de forma ordenada, em um papel com uma caneta (modo tradicional e mais belo que há), seja algo de mérito próprio, de grande busca e estudo pessoal. Comigo um antagonismo fático e perceptível pelas pessoas que me conhecem: um jovem que sempre foi um dos piores na turma nas redações, alguém que para escrever um parágrafo se limitava na falta de idéias, de organização; o conhecido “probleminha” que sustentava a caneta sobre um papel: Esse sou Eu.

Um dia trabalhando como estagiário em uma empresa, timidamente fazendo serviços mais diversos da parte administrativa, convivendo com pessoas das mais diversas opiniões. Ouvindo diariamente sobre questões familiares, desabafos dos colegas, pessoas perdidas em meio a um mundo corrompido que colocavam um ponto de exclamação (!) e me faziam chamar a atenção.

Ter a Solução em minhas mãos, ter o ajuste pra todas aquelas pessoas e suas famílias era algo que eu guardava no meu coração, cadeado por uma timidez, Jesus se escondia na minha vida, gritando para ser conhecido através da minha boca. Tive muitas oportunidades e situações colocadas pra que eu O apresentasse, mas calado guardava o maior tesouro que se pode conhecer, O Deus vivo, que restaura, que cura, que pulsa Sua justiça sobre os necessitados.

Diversas vezes, apesar de novo na fé, ao colocar a cabeça no travesseiro me perguntava qual era o meu papel naquele lugar? “Será somente esse estágio?” Com a consciência pesando toneladas dormia um sono relaxado no meu inconformismo pessoal! Isso se seguiu por dias. Até que faltavam alguns dias para que meu tempo do estágio acabasse naquele empresa, digo: naquele “campo” pronto para a colheita, e algo era preciso fazer, pensava...

Em uma noite me acordo de madrugada, 4h da manha, latejando na minha mente, sobre algo que eu poderia fazer para descortinar a Verdade aos olhos daqueles colegas, buscando que se tornassem Irmãos. Vêm-me um estalo na cabeça, ESCREVER uma carta de despedida e ali relatar a Solução Viva e Eficaz para todos. Mas pensei: EU? Das mais improváveis idéias, essa? Escrever? Lutando contra mim mesmo, encontro um papel e uma caneta, em lagrimas encostando a caneta no papel, abrindo ali meu coração, escrevi como nunca antes, 4 páginas para alguém que em um parágrafo lutava pela multiplicação das palavras.

Ali relatei a história do estagiário tímido, apontando o porquê daquela carta, e trazendo a Verdade, apontando para aquele que um dia apontou para mim: Jesus. Tentando trazer a Solução pra todo aquele acumulo de confidências dos colegas e suas respectivas respostas que eu guardava na ponta da língua, cortinado por mim mesmo. Quase sem dormir aquela noite, pensando se era aquilo mesmo a ser feito, fui para meu ultimo dia de estágio.

Talvez lendo até aqui você aguarde um final de cinema pra essa história, algo que nem Hollywood jamais pensou. Pois é, esse filme não aconteceu! Ao preparar as coisas pro dia de trabalho, tive uma atitude que me fez amadurecer muito: Deixei a carta em casa. Talvez você esteja decepcionado comigo como eu por muito tempo fiquei por meses que se passaram. Mas uma coisa aprendi, tudo aquilo que Deus gerar no seu coração: FAÇA! Mas como com Deus não tem “bola perdida”, a partir daquele dia, daquelas 4h da manha, a caneta parece que ainda está no papel, e a vontade de escrever segue pulsando... Ainda continuo com os problemas no português, mas uma coisa mudou: Aquela mensagem precisa ser passada adiante...

Talvez Deus tenha colocado no seu coração, uma idéia, algo inusitado em que você mesmo se ‘auto limita’ (Redundante: pra chamar a atenção que somos nós que NOS limitamos). Talvez você se pergunte por que essa idéia? Como um dia eu me perguntei... Pessoas nascerão daquilo que Deus colocar no seu coração, o maior poder criativo de todos estará contigo... Toda a HONRA, GLÓRIA, LOUVOR àquele que apontou SEMPRE para nós: JESUS! E que você adube as idéias de Deus em sua vida e elas NASÇAM...

Obs: Um dia me perguntaram, mas e essa carta, onde está? Nem eu sei, perdi, sumiu. Mas espero que Ele me proporcione escrever muitas outras... Amém

*(Gênesis 20:5b) - Em sinceridade do coração e em pureza das minhas mãos tenho feito isto.
*(Ezequiel 36:27) - “E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis nos meus estatutos, e guardeis os meus juízos, e os observeis.”
*(Deuteronômio 11:18) - “Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por frontais entre os vossos olhos.”

A BORDO DO BOING 2011...

Posted: terça-feira, 4 de janeiro de 2011 by Ricardo Pereira in
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        Apertar os cintos, orar a Deus por proteção, sentir o frio na barriga, pressionar o apoiador de braços como quem com anseio, sente o frio na barriga. Experimentando a velocidade que nos empurra para a poltrona, onde o vento externo é repelido pela fuselagem. Ouvidos “entupidos” pela pressão que cresce proporcional a altitude visível na janelinha. Timidamente a sensação de que está tudo bem começa a se confundir com o som do aviso de soltar os cintos. Alguns minutos na decolagem de um avião, milhares de sensações vividas, talvez um ano para descrevê-las.

         Uma simples ou complexa decolagem de um avião dependendo do ângulo de visão, faz-nos pensar... Buscar vôos mais altos, sonhar alto, ir além do planejado, conquistar os propósitos do Alto, como que “estando mais próximo de Deus”, descrevem os nossos planos, metas e buscas. Tal qual a um avião, a decolagem de nossas vidas, passa pelas sensações de um vôo comercial! O frio na barriga, os conflitos “pessimistas” de nossas mentes, as sensações de insegurança, o “ar rarefeito” fazendo-nos ofegante. Sintomas daqueles que buscam vôos mais altos!

        As preocupações nos deixam alerta, a adrenalina é liberada, ficamos sensíveis aos perigos eminentes e isso faz conturbar nossas vontades e sensações. O medo bate a porta, virar a chave e trancá-la mais ainda é uma questão de vigiarmos nossa subida. Ao atingir a altura e velocidades de cruzeiro, onde a paz é agradável, criando um ambiente de segurança, mas não de distração! Porque turbulências surgem nos vôos mais seguros e modernos nessas altitudes. Nas nossas vidas, viveremos níveis de turbulências diversificados, dependendo da altitude que almejamos alcançar. Só que diferentes das máquinas com asas, as nossas tribulações nos fortalecem e nos impulsionam a voar mais alto.

       Assim como um avião é preparado para superar e transpor diversas intempéries, sendo o meio de transporte mais seguro do mundo, nós humanos, de aparência frágil, limitados, cheios de “medos” e anseios, somos preparados por DEUS para superar e transpor da mesma forma toda e qualquer turbulência ou tribulação.

      Que nesse vôo de 2011 que se inicia, onde talvez nosso avião ainda taxie na pista, venhamos a DECOLAR verdadeiramente, venhamos a conquistar os lugares ALTOS, mais próximos de DEUS, sabendo dos sintomas, sensações e conflitos que acompanham aqueles que querem romper atmosferas, atingindo as alturas. E que as turbulências sejam passageiras, pois sua presença é certa, lembrando que somos a Criação mais preparada para romper limites! Máquinas ilimitadas em Deus!

“Nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas DEUS que dá o crescimento”
(1Co 3:7)

Nele faremos proezas...

Bons VÔOS neste ano!